segunda-feira, 26 de julho de 2010

Decepção


A voz do povo. Torcida cobrou mudanças na postura de técnico e jogadores

Votuporanguense perde para o rival e deixa a primeira colocação
CAV voltou a jogar mal e foi ultrapassado pela Santa Cruzense, seu próximo adversário

O Clube Atlético Votuporanguense, foi derrotado pelo Fernandópolis por 3 a 2 no estádio Plínio Marin e perdeu a liderança do grupo 1 às vésperas do final da primeira fase do Campeonato Paulista da Segunda Divisão.

Anunciando uma goleada, a Alvinegra, diante de mais de 3 mil torcedores, abriu o placar com Tom logo aos 6min da primeira etapa. O Fefecê, ao contrário do que se esperava, passou a jogar melhor depois do gol sofrido, se aproveitou do corpo a corpo e das divididas no meio campo e, mesmo com todos os erros de passe do CAV, só conseguiu o empate aos 11 min do 2º tempo com Oliveira.

Mas daí em diante, os vizinhos, acompanhados de sua pequena e barulhenta torcida, jogaram como se estivessem em casa. Itamar virou o jogo aos 19 min e Paulo, aos 40 min, decretou a vitória dos rivais. O Votuporanguense ainda diminuiu com Vinícius, cabeceando escanteio na primera trave, aos 44 min.

Com o resultado o CAV, classificado com 28 pontos, foi ultrapassado pela Santa Cruzense, que precisou de menos de 15 minutos para fazer dois a zero em Assis, líder do grupo 1 com 31 pontos. Já o Fernandópolis ainda continua na luta pela classificação, com 23 pontos, somados os três que irá ganhar pelo jogo contra a Ilha Solteira na última rodada.

Domingo às 10h, a Alvinegra vai a Santa Cruz do Rio Pardo na esperança de retomar a liderança e o Fefecê ficará na torcida para o desclassificado Assisense ganhar do Tupã, que tem 22 pontos e também briga pela quarta vaga.

Pós-jogo

Depois do apito do juiz- até aos 49 min o CAV continuou buscando, ainda que de qualquer forma, o empate, é bom que se diga- o técnico do Fernandópolis Sérgio Caetano, destacou a garra e a disposição da sua equipe. “Não viemos aqui para dar show, viemos para honrar a camisa do Fefecê”, disse.

Enquanto o repórter de rádio fernandopolense exaltava o “dedo” do treinador – o volante Juninho Bahia deu lugar a Matheus logo depois do primeiro gol e o seu time melhorou - Caetano frisou o empenho dos seus jogadores nos treinamentos da semana e o respeito deles pelas suas decisões. Indagado sobre as chances de classificação do Fefecê, o técnico, satisfeito com o troco devolvido, olhou para o céu: “Estamos nas mão de Deus”, profetizou.

O meia atacante Pedro, em meio às explosões de felicidade dos colegas, destacou a subida de produção da equipe após a derrota para o Votuporanguense no primeiro turno. “Em oito jogos foram 6 vitórias, 1 empate e apenas 1 derrota”, contabilizou. O jogador, improvisado no lugar do centroavante Rudimar, ainda sonha com a última vaga. “Pelo momento que estamos, acho que merecemos a classificação”, disse.

Com o sorriso de fora a fora, o presidente Álvaro Zonta, valorizou a vitória sobre o rival. “No primeiro jogo perdemos por causa do goleiro. Mesmo sem chances, não podíamos perder. Se não classificarmos, já valeu por esta vitória. Agora, se passarmos, vamos subir”, disse. “Quem quer classificar, tem que brigar”, emendou.

No vestiário, o técnico do Votuporanguense Luciano Gusso, abatido, reconheceu as virtudes do adversário e apontou os erros de passe como um dos fatores que levaram a Alvinegra conquistar apenas um dos últimos nove pontos disputados. “Os jogadores tentaram, mas hoje as coisas não deram certo. O time é jovem e sentiu a virada”, disse. “No primeiro tempo faltou controle de bola no ataque depois do primeiro gol. Também faltou mais chegada do meio. Ainda tentei com as substituições, mas não deu certo”, completou.

Questionado sobre as dificuldades que o time enfrentou nos últimos três jogos, o treinador se justificou: “Éramos o time a ser batido, então todos redobraram a marcação sobre a gente. Depois vieram as lesões, ausências, os testes, a volta de jogadores ainda sem ritmo. Daí ficou difícil”, reconheceu.

Sobre o jogo de domingo em Santa Cruz do Rio Pardo, Gusso, que tem por filosofia o jogo ofensivo, quer voltar a vencer de todo jeito. “Tomara que eles estejam mordidos pelo jogo do primeiro truno e venham pra cima. Respeitamos muito o grande time da Santacruzense, mas vamos lá para vencer. Temos que honrar a camisa Alvinegra”, afirmou.

Ficha Técnica
CAV: Diego; Saimon, Tom, Rafael Vaz e Mandágua; Paulinho, Mineiro (William) e Léo(Danilo); Washington (Dudu Santos), Vinícius e Luizão
Técnico: Luciano Gusso
FFC: Alex; Gil, Orlando, Pereira e Juninho Bahia (Matheus 1º tempo); Lucas Pereira, Oliveira e Bruno (Paulo); Renan (Altair), Pedro e Itamar
Técnico: Sérgio Caetano
Arbitragem:Wellon Orlando Wonrath, Leonardo Ferreira Alves, Fábio Rogério Baestero e Flávio Felix da Silva
Cartões Amarelos: CAV: Vinícius e Léo; FFC: Bruno, Lucas Pereira e Paulo



quarta-feira, 21 de julho de 2010

Companhia incômoda


Cabeçadas. Gramado ruim e marcação cerrada dificultaram toque de bola no meio.

CAA 0 x 0 CAV 18-07

Votuporanguense não saiu do empate em Assis
Resultado ameaçou liderança Alvinegra

O Votuporanguense não saiu do empate por 0 a 0 com o Assisense em partida realizada domingo no Estádio Antônio Vianna, o Tonicão, em Assis pela 12ª rodada do Campeonato Paulista da Segunda Divisão. Com o resultado, o primeiro do CAV na competição, a equipe se manteve na liderança do grupo 1 com 28 pontos. Já o Assisense, que foi a 15 pontos e joga domingo com o time de Rio Pardo, tem apenas chances remotas de classificação.

Apesar de jogar fora de casa, a Alvinegra- que não pôde contar com o lateral Saimon e o atacante Washington, suspensos, mas teve a volta do Mandágua e Rafael Vaz – soube fazer o seu jogo e por pouco não saiu de lá com a vitória.

Com o gramado em péssimas condições (piorado pela disputa dos Jogos Regionais e a chuva no dia anterior) as duas equipes fizeram, senão um jogo bonito de se ver, ao menos uma partida bastante disputada até o fim. O Votuporanguense, melhor em campo, teve sua melhor oportunidade aos 34 minutos em uma cobrança de escanteio. O goleiro do Assisense desviou cabeçada de Rafael Vaz e a bola bateu no travessão. No rebote Pedro voltou a defender, só que de dentro do gol! Na "dúvida", o árbitro e o assistente que acompanhavam a jogada mandaram seguir.

No segundo tempo, o CAV, mesmo mais ofensivo (Paulinho, de cabeça, já tinha obrigado o goleiro a se esticar todo) foi quem tomou o primeiro susto. Aos 7 minutos Gleidson, traído pelo quique da bola, deixou Juninho livre para invadir a área. Diego ainda tentou fechar o ângulo, mas o atacante errou o gol livre. Para empatar a contagem dos gols perdidos, aos 17 min, após bate-rebate na área, a bola sobrou para Luizão concluir cara a cara com o goleiro que saltou para desviar pela linha de fundo.

Com a expulsão de um jogador dos donos da casa, o Votuporanguense ainda tentou fazer valer a vantagem numérica para sair de Assis com a vitória. Aos 26, Mandágua recebeu no lado esquerdo da área, chutou forte, mas para fora e, nos minutos finais, depois de muito perde e ganha no meio, o CAV não abriu o placar por muito pouco. Aos 47, Paulinho finalizou na área e Pedro desviou pela linha de fundo para garantir o empate que, apesar de garantir a liderança alvinegra, trouxe a companhia incômoda da Santa Cruzense, atrás apenas no saldo de gols.

Ficha Técnica

CAA: Pedro; Rubens, Nilo, Jucélio e Cesar; Heitor, Wellington (Gabriel), Paulo (João) e Felipe; Junior e Fernando (Alexandre)
Técnico: Carlos Antunes do Rosário

CAV: Diego, Mineiro (Danilo), Tom, Rafael Vaz e Mandágua; Gleidson, Paulinho, Léo e Daniel (Dudu Santos); Vinícius (William) e Luizão
Técnico: Luciano Gusso

Arbitragem: Paulo Estevão Alves da Silva, Edvânio Ferreira Duarte, Marcelo Moreno Santos, Paulo Roberto Maffei Amorim

Cartões. Amarelo: Wellington e César (CAA); Mineiro, Luizão e Tom (CAV). Vermelho: Heitor (CAA)

domingo, 11 de julho de 2010

Sinal de alerta


Correria. Atacante do Bonifácio passa por Tiaguinho em lance do segundo tempo

JBEC 3 x 1 CAV 11-07

Votuporanguense perde de novo para o José Bonifácio

Acomodada com a classificação Alvinegra foi surpreendida no primeiro tempo

As alterações no time titular por conta de contusões e opções táticas, o relaxamento dos jogadores devido a classificação antecipada, a escolha do lado do campo contra o sol no primeiro tempo, o gramado irregular que dificultava o domínio e toque de bola, enfim, dentre todas as justificativas usadas explicar a segunda derrota do Votuporanguense em onze jogos, faltou, talvez, a mais elementar e difícil de admitir: a superioridade do adversário.

Tudo bem que no primeiro turno o CAV perdeu jogando melhor, mas desta vez não dá para dizer o mesmo. Tanto que o José Bonifácio precisou de menos de 30 minutos para liquidar a partida. Marcando em cima, dominando a segunda bola e consequentemente o meio campo, os donos da casa praticamente garantiram a vitória depois de duas falhas consecutivas do CAV em saídas do campo de defesa.

Assustada, a Alvinegra, mesmo desarticulada no meio campo, tentou reverter o resultado na base da bica pra frente. Assim, fora os chutões sem pontaria de Washington, a melhor oportunidade que o Votuporanguense teve, foi um rebote na entrada da área que Luizão chutou em cima do goleiro Everton. E só.

Prevendo que as coisas poderiam ficar piores com um homem a menos, na volta do intervalo Luciano Gusso retirou os "amarelados" Gleidson e Tiago Henrique e colocou Dudu e Vinícius nos seus lugares. Com a mudança, o time melhorou o posicionamento dos volantes, a movimentação do ataque e até conseguiu equilibrar o jogo. Na melhor oportunidade criada, Wagner, da entrada da área, por pouco não diminui o placar.

Todavia, com o resultado sob controle, a "Serpente do Vale", aninhada no campo de defesa, armava seus botes nos contra ataques. Assim chegou ao terceiro gol depois de nova falha na saída de bola da zaga votuporanguense. E enquanto a torcida alvinegra, que veio em sete ônibus, deixava o "Pereirão" irritada com o coro de freguês, Luizão, de fora da área, diminuiu de cabeça.

Apesar da derrota não trazer maiores prejuízos para a campanha Alvinegra, o sinal de alerta foi aceso. Agora mais um tropeço seguido de vitória da Santa Cruzense e o CAV já não é mais líder. Para garantir a primeira colocação e assim evitar os melhores times dos outros grupos na segunda fase seria prudente manter a regularidade nos três últimos jogos.

Por hora, é fundamental reconhecer mesmo que, além de não ser imbatível, o Votuporanguense tem adversários tão bons quanto ele. Ou seja, domingo em Assis será preciso jogar com os pés bem no chão para reencontrar o caminho das vitórias, e principalmente, do bom futebol.

domingo, 4 de julho de 2010

O meio do caminho


Retranca. Washington, no finalzinho, tenta o segundo gol.

CAV 1 x 0 PPFC 04-07

Votuporanguense suou para vencer o Presidente Prudente

Com erros no meio campo, CAV conquistou classificação antecipada.

Os números impressionam. Primeira equipe classificada da Segunda Divisão, o Votuporanguense tem o melhor ataque da competição com 30 gols marcados, uma das melhores defesas com 8 gols sofridos - apenas 3 a mais que a menos vazada do Américo Brasiliense, nosso virtual adversário na próxima fase -, e portanto o melhor saldo de gols, 22. Sem falar na melhor média de público nos jogos em casa, 2241 pagantes, o CAV também tem o maior indice de aproveitamento das 46 equipes do torneio com 9 vitórias, o que consequentemente dá a ele o maior número de pontos, 27.

Ou seja, nos 10 jogos disputados até agora, nem a poderosa Inter de Limeira, cotadíssima para o acesso, conseguiu chegar perto da perfomance do CAV. Como bem disse Antônio Carlos de Camargo ontem no DIARIO, "mesmo em anos que o futebol local trouxe alegrias, fato dessa natureza chegou a ser registrado".

Apesar dos números incontestáveis, principalmente no futebol de hoje onde o resultado vale mais que qualquer argumento, ainda assim o torcedor, que gosta da Alvinegra jogando bonito, indo pra cima e envolvendo o adversário, deixou as arquibancadas do Plínio Marin mais uma vez insatisfeito.

Claro, procede a reclamação da retranca visitante feita pelos jogadores e o técnico Luciano Gusso após a partida. Todo mundo viu que o Prudente, assim como a Ilha Solteira, mesmo em desvantagem no placar, vieram aqui só para se defender. Também é verdade que os poucos desarmes feitos pela zaga alvinegra foram tão fáceis quanto roubar doce de criança e que não corremos o risco de perder os jogos.

Mas com os meias de ligação Washington e Vinícius muito marcados, os atacantes de ofício- destaque para a entrada de Tiago Henrique que jogou ao lado de Luizão e fez o único gol do jogo- mesmo cheios de disposição para a briga entre os zagueiros adversários, tiveram muitas dificuldades para furar a defesa prudentina. Principalmente porque a bola não chegava.

E aí vem o problema: os erros de passe. A falta de concatenação nas jogadas pelo meio campo, que truncou a saída do CAV para o ataque, não se justifica apenas pelo congestionamento do setor. Em Tupã num gramado sofrível e de dimensões reduzidas, os meias alvinegros não erraram a quantidade de passes dos dois últimos jogos em casa.

Dado o devido desconto para a falta normal de entrosamento entre Gleidson, Paulinho e Mineiro (foi a primeira vez que o técnico testou essa formação), para fugir da recorrente impaciência da torcida com os erros de passe, Gusso terá que dar maior ênfase a compactação, movimentação e toque de bola do meio campo alvinegro nos treinamentos da semana.

Isto porque, mesmo classificado, a torcida, que promete ir em peso domingo a José Bonifácio, e todos os jogadores, querem ver o CAV devolver a derrota indigesta do primeiro turno. É bom lembrar que enfrentaremos a segunda melhor defesa do grupo 1 e que, para chegarmos a ela com condições de fazer o gol, é preciso passar pelo meio do caminho.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Papa Tudo


Homem Gol Luizão, de cabeça, faz o segundo dele e do CAV em Tupã.

TFC 0 x 3 CAV 27-06

Vitória fora de casa encaminha classificação alvinegra


Não deu outra. Conforme o DIÁRIO publicou na capa da edição de domingo, Luizão era a esperança alvinegra de gols em Tupã. Ontem, o leitor abriu o jornal e lá estava o centroavante fazendo o seu segundo gol na vitória por 3 a 0. A feliz coincidência, acompanhada de uma atuação impecável de toda a equipe, além de frustrar a expectativa de jogo dificílimo, encaminhou bem a classificação do CAV para a segunda fase.

Bem postado no campo de defesa, com boa troca de passes no meio e muita movimentação no ataque, o Votuporanguense, que abriu o placar no início da partida com Luizão depois de rebatida do goleiro, simplesmente não deixou os donos da casa jogarem. A zaga alvinegra, com Tom e Paulinho (improvisado na função depois da contusão de Rafael Vaz), bem protegida pelos lados com Saimon e Tiaguinho (entrou logo no começo da partida depois que Léo, jogado na pista de pedregulho, deixou o estádio de ambulância), e no meio pelos volantes Gleidson, Dudu e Mineiro, só foi acionada em um ou outro escanteio. E nas poucas vezes que a bola passou por ela, o goleiro Talis, foi muito seguro nas defesas.

Na volta do intervalo, o segundo gol de Luizão logo aos 3 min. facilitou ainda mais as coisas para o Votuporanguense. Nervoso com o vexame diante de sua pequena torcida, o Tupã se descontrolou ainda mais e o CAV, com os espaços abertos no campo de ataque pelas arrancadas de Washington, as trombadas de Luizão e o domínio de bola de Vinícius, fechou o placar com chute cruzado de Saimon.

Apesar da campanha irretocável, que conta com apoio da maior torcida da Segunda Divisão, só agora, há cinco rodadas do final da primeira fase, o Votuporanguense, líder do grupo 1 com 24 pontos, começou a chamar a atenção da imprensa paulista. O principal site de notícias das divisões inferiores do futebol do estado, o Futebol Interior, que tradicionalmente enche a bola dos times da região de Campinas, enfim, deu o braço a torcer. De acordo com a matéria publicada no site, o futebol apresentado pelo "verdadeiro time de Votuporanga que chegou a incrível marca de oito vitórias", foi qualificado de "envolvente". Convenhamos, um bom cartão de visitas para os nossos adversários futuros.

Por falar neles, se a primeira fase terminasse hoje, o Votuporanguense encabeçaria o grupo 7 juntamente com Guariba, Guaçuano e Capão Bonito. Na segunda fase, devido as distâncias e os jogos no meio de semana, vai continuar difícil para a torcida alvinegra acompanhar o seu time nos jogos fora de casa. Mesmo que as equipes forem outras, o CAV percorrerá praticamente a mesma distância dos três primeiros meses da competição. Além dos 2758 km até o jogo contra a Santa Cruzense no dia 1 de agosto, o Votuporanguense terá pela frente mais 2490 km a serem vencidos em apenas um mês.

Não vai ser fácil, mas chegaremos lá!

Ficha Técnica

TFC: Charles, Kledson (Thiago), Stevys, Edson (Anderson), Jackson, Maikon, Rafael, Eder, Alexsandro (Diego), Alexandre e Thauan
Técnico: Sérgio Perini

CAV: Talis, Saimon, Tom , Rafael Vaz (Paulinho) e Léo (Tiaguinho); Gleidson, Dudu e Mineiro; Washington, Vinícius e Luizão (Lico)
Técnico: Luciano Gusso

Arbitragem: Rodrigo Braghetto, João Bourgalber Nobre Chaves, Leonardo Schiavo Pedalini e Eduardo César Maximiano

Cartões: Saimon (CAV)

Local: Estádio Municipal Alonso Carvalho Braga

Público: 144 pagantes

domingo, 20 de junho de 2010

Lição de casa


Concentrado. Washington antes de bater o primeiro pênalti

CAV 3 x 1 AEIS

Votuporanguense joga o suficiente para vencer a Ilha Solteira

Ninguém acreditava, mas a Ilha Solteira, supostamente reforçada, prometia estragar a festa da torcida Alvinegra. A provocação, desfeita minutos antes da partida assim que a delegação visitante chegou ao estádio, era, na verdade, uma tentativa desesperada do presidente Carlos Alberto Corrêa Ferreira de manter a fé na sua equipe, já eliminada do torneio. Com exceção de um ou outro juvenil, a Ilha Solteira foi o mesmo adversário fraco do primeiro turno quando perdeu por 4 a 1 em Fernandópolis. O CAV é que não esteve tão disposto quanto naquele dia.

Apesar do gol do zagueiro Tom logo no primeiro minuto de jogo, do maior controle da posse de bola e do gol de Washington aos 40 min – em pênalti sofrido por Vinícius-, os jogadores do CAV, dispersos, erraram muitos passes e o que era para ser uma vitória fácil quase se complica no segundo tempo. Depois que a Ilha Solteira diminuiu com Jeferson aos 15 min, mais pelo nervosismo dos jogadores alvinegros, que pela qualidade do adversário, o CAV se perdeu na partida. Errando passes e tomando cartões bobos, o Votuporanguense, mesmo bastante ofensivo com a entrada de Lico, Tiago Henrique e Danilo, só respirou aliviado aos 39 min depois que Washington, em nova cobrança de pênalti, fez o terceiro.

Na saída de campo, o meia esquerda, que frisou a dificuldade criada pela retranca adversária, e Rafael Vaz, que reconheceu a falta de concentração da equipe no jogo ressaltaram a importância dos três pontos conquistados. Luciano Gusso, ciente do baixo rendimento técnico do time, elogiou o comportamento da defesa, escalada com Tom no lugar de Wagner que sentiu dores na lombar antes do jogo. “Em termos defensivos, a equipe foi bem. Apesar de tomarmos o gol por um acaso, não fomos atacados.”avaliou.

A vitória garantiu a manutenção do Votuporanguense em primeiro lugar do grupo com 21 pontos. Na sequência Santa Cruzense - que ganhou em casa do Tupã por três a dois – é o segundo colocado com 18 pontos. O Tupã, em terceiro com 15 pontos, vem logo na frente do José Bonifácio que continua com 14 pontos depois da derrota para o Assisense por dois a um. Apesar da vitória, o time de Assis continua na sexta posição com 8 pontos. Atrás do Fefecê, que ganhou do Prudente por três a dois e se mantém na quinta colocação com 10 pontos. Ilha Solteira e Presidente Prudente dividem a lanterna com apenas 3 pontos. O próximo jogo do CAV será domingo às 10 horas da manhã em Tupã. A partida será transmitida ao vivo no canal 50 da rede Vida.

Ficha Técnica

CAV: Talis, Saimon, Tom, Rafael Vaz e Tiaguinho; Gleidson (Lico), Dudu e Léo; Washington, Vinícius (Tiago Henrique) e Luizão (Danilo)
AEIS: Ricardo, William, Vanderlei, e Jeferson; Aristides (Tiago Quevedo), Rafael, Antonio e Bruno; Hiago (Chadai), Fauze e Guilherme
Árbitro: Alessandro da Silva Balieiro; Auxiliares: Sérvio Antonio Bucioli, Daniel Lofrano; Quarto árbitro Carlos André Araújo de Abreu
Cartões: Hiago, Antonio, Vanderlei e Bruno (AEIS); Vinícius, Gleidson, Dudu e Danilo (CAV)
Publico: 2851 pagantes

terça-feira, 15 de junho de 2010

Chave de Ouro


Líder. Dudu não dá espaço para atacante santa cruzense

CAV 5 x 1 AES

Alvinegra goleia e termina primeiro turno na liderança
Votuporanguense, de virada, atropelou a Santacruzense

O jogo era pra ser difícil, afinal as duas equipes, ambas com cinco vitórias, decidiam a liderança do grupo 1 no primeiro turno da "bezinha". De um lado, o Votuporanguense, embalado pela vitória em cima do rival Fefecê, queria repetir mais um bom resultado diante da torcida. Do outro, a Santa Cruzense, confiante no seu potencial ofensivo, exibia o cartaz de time difícil de ser batido. Em tese era um jogo equilibradíssimo.

E de fato, até o meia Diogo sofrer pênalti aos 18 minutos, o jogo estava parelho com três lances de perigo para cada lado. Seguindo a tese, após a cobrança de Neto Mineiro, quase defendida pelo estreante Tales, a tendência era que o jogo ficasse ainda mais difícil com a retranca visitante. No entanto, o gol de Washington cinco minutos depois - o meia acertou chute de fora da área no canto de Robalo - acendeu a equipe e, ainda bem, frustrou a previsão.

Com ótimo volume de jogo, o CAV, principalmente pelo lado direito com Saimon, passou a martelar a defesa adversária sem descanso. No final do primeiro tempo- cinco ataques depois- o zagueiro Sabará, pressionado, furou a bola e Vinícius, esperto, deu um toque de cobertura na saída do goleiro. Na volta do intervalo, logo aos 4 minutos, Saimon driblou o marcador, foi até a linha de fundo e cruzou para Washington ampliar a vantagem. Empolgada pela torcida, a alvinegra cresceu ainda mais no jogo e passou feito um rolo compressor pela Santa Cruzense. Mineiro, que tinha acabado de entrar no lugar de Léo, fez o quarto e Luizão, entrando com bola e tudo, fechou o placar.

Incomodado com a goleada, o técnico Nei Silva relativizou a derrota:"Já vivi muita coisa no futebol, mas nunca perdi com um placar elástico desses. Agora é trabalhar e corrigir os erros. Não adianta voltar atrás", disse. Preocupado com o jogo duro contra o Tupã na próxima roda, Neto Mineiro não esquecerá a derrota até o jogo de volta em Santa Cruz do Rio Pardo."Erramos muito e o nosso goleiro não estava em um dia feliz, mas ainda temos o returno inteiro", disse.

Entre os jogadores do Votuporanguense o clima era de missão cumprida. Tales, ajoelhado na pequena área, agradecia a Deus apontando o céu."Passei por problemas de contusão antes de chegar aqui. Mas Jesus Cristo, meu redentor, me curou e hoje pude dar o melhor de mim para a equipe e a torcida", disse. Mandágua, o xodó da TURA, destacou o entrosamento da comissão técnica e jogadores."Todo mundo aqui tem o mesmo objetivo. A equipe está entendendo o que o treinador quer e fazendo dentro de campo", disse. Saimon, concentrado, já pensava no próximo compromisso. "A vitória nos deixou na ponta da tabela, mas já passou. Temos que trabalhar firme durante a semana porque temos um jogo difícil contra o Ilha Solteira no domingo.”

Feliz da vida com o resultado, Mineiro, secretário de esportes, destacou o sucesso da parceria da prefeitura com o CAV Ltda."Não poderia ser melhor. Demos uma estrutura muito boa pra ter um time muito bom e, graças a Deus, estamos indo bem e com uma torcida presente que vibra junto com o time."

Ficha Técnica

CAV: Tales, Saimon, Wagner, Rafael Vaz e Mandágua; Paulinho, Dudu (Lico) e Léo (Mineiro); Washington (Danilo), Vinícius e Luizão.
Técnico: Luciano Gusso

AES: Rafael Robalo, Araújo, Alex, Sabará e Zé Hilton; Ribeiro, Alemão, Diogo e João Paulo (Diogo Avaré); Neto Mineiro e Alex Kral (Dudu)
Técnico: Nei Silva

Árbitro: Sérgio Rocha Gomes. Auxiliares: Alessandro Pitol Arantes, Marcelo Zamian Barros e Alex Lopes Loyola
Cartões: Ribeiro, Alemão, Gleydston e João Paulo (AES); Rafael Vaz, Mineiro e Mandágua (CAV)
Público: 2432

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Quem ri por último...


Virada.Vinícius sobe mais que o goleiro para fazer o segundo gol.

FFC 2 x 3 CAV 06/06

Votuporanguense vence o FER-VO nos acréscimos

Tudo bem, a hora é de pensar na Santa Cruzense. Afinal domingo às 10 horas no Plínio Marin o Votuporanguense decide com ela a liderança do grupo 1. O jogo que fecha o primeiro turno, marcado pelo equilíbrio entre as equipes, provavelmente será decidido por quem errar menos. Em entrevista ao site da Federação Paulista de Futebol, o técnico do time de Santa Cruz do Rio Pardo Nei Silva- que assumiu a equipe após a derrota para o Tupã no primeiro jogo e ganhou os cincos jogos seguintes - disse que a AES é o time a ser batido no grupo. Logo comissão técnica e jogadores, focados na decisão, retomaram ontem os treinamentos físicos no Centro de Lazer do Trabalhador e fazem hoje o “técnico-tático” no Assary.

Já a torcida, que deve lotar o estádio mais uma vez, vive a expectativa do jogo ainda ressacada pelo último FER-VO. Como todo mundo viu no campo, ouviu pelo rádio e depois assistiu na TV, o derby foi do jeito que tinha de ser, ou seja, com emoção, muita emoção.

A vitória do CAV sobre o Fernandópolis, com o belo gol de Washington aos 46 min do segundo tempo estampado na edição de ontem do Diário, claro, provocou uma catarse geral no estádio Cláudio Rodante. Enquanto a torcida do lado azul, sob o coro de “Úh, vai embora!”, saía cabisbaixa ruminando a derrota, os torcedores alvinegros, pendurados no alambrado, comemoraram muito com os jogadores.

Com a voz embargada, o então vice presidente do FFC Álvaro Zonta expressou toda decepção dos torcedores de lá: “A torcida vem em todos os jogos, mas ela também não agüenta. Tomar gol assim por bobeira não dá”, desabafou. Na cabine da rádio Águas Quentes, Toninho Alves, irritado com o goleiro Marcone, ainda procurava explicações para derrota. “Se tivessem pago 500 reais para inscrever o Renato(?!), o fefecê ganharia o jogo”, disse no ar. O técnico Sérgio Caetano, descontente com as falhas individuais da equipe, exigiu reforços que o presidente Jesus Moreti, não fosse a sua demissão, providenciaria esta semana. Talvez um voto de confiança aos jogadores, até pelo razoável futebol apresentado, fosse o suficiente para o Fernandópolis voltar a vencer e pensar em classificação. Mas como o inferno está cheio de boas intenções, melhor mudar de assunto.

Eles bem que tentaram. Para combater a prevista invasão alvinegra, empresários e políticos de Fernandópolis doaram ingressos para a torcida local, a diretoria aumentou o preço do bilhete para os visitantes, e logo cedo ainda soltaram morteiros para acordar o torcedor. Mas de nada adiantou. A TURA, com bandeirão e tudo, deu um show à parte. Antes do início do jogo, a batucada insistente da torcida Sangue Azul simplesmente foi abafada pelo coro da torcida alvinegra que escalava em alto e bom som seu querido esquadrão.

Sobre o jogo, o placar imprevisível só foi construído depois de um primeiro tempo aberto, com bom toque de bola no meio e chances reais de gol para os dois lados. O fefecê teve a sua primeiro aos 29 min com o centro avante albino Rudmar, que inacreditavelmente errou o gol livre, e o CAV aos 40 min, mas Luizão, traído pelo quique da bola na trave, não conseguiu a cabeçada a tempo.

A segunda etapa, que começou com o susto dado outra vez por Rudmar - o centro avante fez gol espírita cobrando falta da lateral direita -, teve a interrupção do coro de “Nosso freguês voltou”, e do “sumiço” de bolas- com Rafael Vaz, pulando alto no primeiro pau e cabeceando firme no ângulo -, e a explosão de alegria da torcida Votuporanguense - com gol de Vinícius em falta batida por Dudu- parecia terminar com gosto de derrota depois do empate de Itamar. Parecia, porque nos descontos Lico sofreu falta na intermediária e fez questão de bater, quer dizer, surpreender a zaga e servir para o companheiro Washington marcar.

Ficha Técnica

CAV: Diego, Saimon, Wagner, Rafael e Mandágua; Gleidison(Lico), Dudu, Mineiro (Paulinho) e Vinícius; Washington e Luizão
Técnico: Luciano Gusso

FFC: Marcone, Gil, Orlando, Mateus e João; Henrique, Mineiro e Juninho; Rudmar, Bruno, Itamar
Técnico: Sérgio Caetano


Árbitro:Marco Antônio de Oliveira Sá. Auxiliares: Edvânio Ferreira Duarte, Luciano Pereira de Souza e Ederson Martins Deodato
Cartões:Itamar*, João e Orlando (FFC); Gleidson e Diego (CAV)
Pagantes: 283(!!!)

Relatório do assistente: APÓS MARCAÇÂO DO SEGUNDO GOL DA EQUIPE DE FERNANDÓPOLIS PELO JOGADOR Nº11 O SR. JOSÉ ITAMAR DOS SANTOS SOUZA, FOI OBSERVADO NA COMEMORAÇÃO O REFERIDO JOGADOR COBRIR A CABEÇA COM A SUA CAMISA E AINDA SUBIR NO ALAMBRADO DO LADO DA SUA TORCIDA. FATO ESSE COMUNICADO AO ÁRBITRO QUE O EXPULSOU DO JOGO.

Vitória do grupo


Prata da casa. O meia atacante Lico em seu primeiro gol com a camisa alvinegra

CAV 5 x 0 CAA 30/05

Goleada sobre Assisense mostrou importância dos treinamentos

Na saída do estádio aproveitei a presença do frasista Cabo Walter para perguntar sua opinião do jogo. Assim como no último domingo quando explicou a derrota dizendo que futebol não é uma ciência exata, o vice prefeito resumiu muito bem o significado da goleada. “Foi uma vitória do grupo”, declarou.

De fato, no primeiro tempo o que se viu foi uma equipe aplicada em campo que seguiu à risca os treinamentos da semana. A variação nas saídas de bola - principalmente os lançamentos de Rafael Vaz e passes pelas laterais- deu volume de jogo ao ataque e o meia Washington, em dia inspirado, cruzou da direita para o gol de Saimon e da esquerda para o terceiro de Wagner.

Na volta do segundo tempo, como era esperado, o time tirou o pé do acelerador e deu espaço para os visitantes jogarem. Mas é verdade também que ninguém tirou o pé nas divididas. Em uma delas deu para ouvir até o estalo da chuteira do volante do Assisense que acertou em cheio o tornozelo de Mandágua. Mancando em campo, o jogador deveria ser retirado. Mas Luciano Gusso entendeu que o lateral poderia se resguardar na defesa e colocou o time ainda mais no ataque com a entrada de Mineiro e Lico. Resultado: Lico e Luizão fecharam a goleada de 5 a 0.

Ainda que a torcida faça piada e diga que o jogo foi de um time só, é bom considerar a importância do gol logo aos 15 min. de partida. É verdade que o CAV começou bem e aquela já era a segunda descida de Rafael Vaz ao ataque, mas se o gol não saísse, talvez a história do jogo contra o Bonifácio - quando parecia que o time, mesmo se jogasse o dia inteiro, não faria gol nenhum –acontecesse de novo. Afinal, não podemos subestimar o onipresente “Sobrenatural de Almeida”- folclórico personagem de Nelson Rodrigues usado para explicar a lógica muitas vezes inexplicável do futebol- que vive pelos gramados a nos pregar peças.

O Assisense, que ainda não tinha perdido no campeonato jogando fora de casa (empatou contra José Bonifácio e venceu o Ilha Solteira), poderia (vira essa boca pra lá) achar um gol, armar outra retranca e levado um empate daqui. Mas graças a uma atuação irretocável, o CAV, aproveitou a empolgação da torcida, que novamente compareceu em ótimo número, matou o jogo no primeiro tempo e se impôs até o final.
Agora o CAV tem o melhor ataque da competição, com 15 gols e voltou a liderança do grupo 1 com 12 pontos.

Roteiro perfeito para a realização do FERVO, derby regional que não acontece há mais de 10 anos, no próximo domingo às 10 horas no estádio Cláudio Rodante. Apesar da péssima campanha do rival (o fefecê ocupa a sexta posição) clássico é clássico, vice-versa e tudo pode acontecer.

Ficha Técnica

CAV: Diego, Saimon (Mineiro), Wagner, Rafael Vaz e Mandágua; Gleidson (William), Dudu, Léo e Washington (Lico); Vinícius e Luizão
Técnico: Luciano Gusso

CAA: Pedro, Vilela, Mateus, Corina e Cézar; Washington, Diego, Wellington Amaral e Heitor; Tuta e Fernandinho
Técnico: Marcos Alberto


Árbitro:Giuliano Dutra Pelegrini. Auxiliares: Luis Quirino da Costa, Maiza Telez Paiva e Cezar Luis de Oliveira
Cartões: Araújo, Cezar e Rodrigo(CAA); Léo (CAV)
Pagantes: 2099

Com o CAV onde ele estiver


Úhhhhhh. Bola passa por todo mundo e vai pela linha fundo.

CAV 0 x 1 JBEC 23/05

Votuporanguense não passou pela defesa do Bonifácio e perdeu em casa

Equilíbrio entre as equipes. Talvez este argumento explique a derrota do CAV no último domingo para o José Bonifácio por 1 a 0. A análise do jogo em si, 18 oportunidades de gol criadas pelo CAV contra 7 dos visitantes, só reforça a tese de que o futebol não tem muito sentido e não ajuda em muita coisa. Como em nenhuma das seis chaves da Segunda Divisão mais de três pontos separam o primeiro do quarto e último colocado que se classifica para próxima fase, o perde e ganha deve ser uma tendência do torneio.

Mas porque o grito de gol ficou entalado na garganta dos mais de 3000 torcedores alvinegros (fora a meia dúzia da torcida serpente do vale, claro) que lotaram o Plínio Marin?

Os melhores momentos da vitória no finalzinho do Inter de Limeira sobre o Rádium, exibidos no programa Caminhos do Esporte da Rede Vida, ajudam a entender ao menos uma razão. Para chegar as finais os meninos do CAV terão que jogar como homens. Não que os jogadores não estejam encarando os adversários de igual para igual, mas é que para compensar a estatura média da equipe alvinegra o preparador Paulo De Lamonica e o departamento de Fisiologia da Unifev terão que intensificar o trabalho específico de ganho de massa muscular deles.

Nos dois jogos em casa ficou claro que quando o drible não sair, o ataque do CAV precisará de muita força para levar vantagem no corpo a corpo com os zagueiros. É bom lembrar que de “Campinas pra lá” nossos possíveis adversários na fase eliminatória do torneio, alguns vitaminados por parcerias como a do Nacional com o Corinthians, contam com elencos prontos fisicamente.

Para superar essa e outras dificuldades, como a juventude da equipe, será fundamental ao CAV saber jogar com a sua torcida. Em um campeonato com a triste média de 267 torcedores por partida, as arquibancadas do Plínio Marin, que registraram os melhores públicos até agora, devem funcionar como um caldeirão onde a Votuporanguense sempre se agiganta. Apesar da primeira derrota que quebrou a sequência de três jogos invictos ter acontecido justamente em casa, os jogadores se desdobraram de todas as maneiras para reverter o resultado e não desapontaram a torcida. Enquanto vontade e disposição não faltar, sem dúvida, ela continuará ao lado do time.

Sobre o jogo, que foi decidido aos 23 min. do primeiro tempo com gol do centroavante Maurício depois de falha da defesa alvinegra que não interceptou cruzamento rasteiro da direita, além da retranca do Bonifácio, o que se viu foi uma Votuporanguense que buscou o resultado o tempo todo. No entanto a ansiedade e nervosismo dos jogadores, que talvez não esperavam um apoio tão maciço do torcedor, dificultaram as coisas. A falta de tranqüilidade e pontaria nos passes e cruzamentos facilitou a vida do time vermelho que, com a bola dominada, irritou a torcida com atraso na reposição de bolas e simulação de faltas. Só Cóli, o goleiro, ganhou uns 4 minutos para bater seus tiros de meta.

Ainda assim, o juiz procurou coibir a cera e expulsou dois jogadores, um pela demora em sair do campo e outro por obstruir cobrança de falta. Com a entrada do meia Lico, o CAV, que tinha nas arrancadas de Mandágua sua melhor opção de ataque, até fez valer a vantagem do jogador a mais. Seus dribles curtos possibilitaram alguns passes verticais e muitas faltas perigosas na intermediária. Mas com todo o time adversário plantado na defesa ficou difícil. No último minuto, a bola viva dentro da área ainda sobrou na linha de fundo para Léo que tirou do goleiro, mas ela caprichosamente bateu na trave, rolou pela linha do gol e saiu. Também de nada adiantaria se tivesse entrado, a bandeirinha teve a insensatez de anular o lance.

Na saída de campo Mandágua, exausto, reforçou a importância de manter o foco nos treinamentos. “Temos que ter a cabeça no lugar. Sabíamos que a derrota viria uma hora ou outra, só lamentamos o fato de ter acontecido em casa, mas corremos, nos esforçamos e vamos continuar fortes. Estamos apenas no começo”, disse o jogador. O técnico Edi Carlos do Bonifácio ironicamente elogiou a presença numerosa do torcedor e disse que a torcida de Bonifácio é duas vezes maior. “Mesmo com os reforços, viemos pra nos defender. A responsabilidade era da Votuporanguense, conseguimos o gol e abdicamos do jogo no segundo tempo”, explicou. Luciano Gusso, incomodado com a derrota, não deixou de elogiar o empenho da equipe que, na sua avaliação, sofreu um pouco com erros de passe e pressão da torcida, mas manteve a calma para tocar a bola. Cabo Walter, que fez palestra motivadora para o grupo nos vestiários depois do jogo, resumiu a impressão deixada pelos jogadores na torcida: “Vimos meninos que lutaram como homens, mas infelizmente não deu. Futebol não é uma ciência exata e nem sempre quem joga melhor vence.”

Ficha Técnica

CAV: Diego, Igor, Tom, Madágua e Tiaguinho; Gleydison, Dudu, Léo e Washington; Vinícius e Tiago Henrique (Luizão)
Técnico: Luciano Gusso

JBEC:Everton Cóli, Caíque, Alberto, Alisson e Bruno (Pará); Edimar, Daniel, Kao e Diego; Maurício Vital e Piá
Técnico: Edi Carlos

Árbitro: Alessandro Darcie; auxiliares: Fábio Aparecido Gomes Ribeiro e Sílvia Aparecida da Silva
Cartões: Alberto, Diego Bianchini*, Caíque, Maurício Vital e Jácio* (JBEC); Tiaguinho (CAV)
Público: 2554 pagantes


Relatório do assistente: AOS 78 MINUTOS O JOGADOR DE Nº 10 DA EQUIPE DO JOSE BONIFACIO ESPORTE CLUBE SR. DIEGO BIANCHINI BAPTISTA, APOS SER INFORMADO QUE SERIA SUBSTITUIDO, O MESMO SOLICITOU A MACA PARA SER RETIRADO DO CAMPO, APOS SAIR DO CAMPO DE JOGO O MESMO SALTOU DA MACA, SAIU CAMINHANDO NORMALMENTE E FOI EXPULSO.

Melhor que a novela


No Prudentão Washington abriu o placar com golaço

PPEC 1 x 2 CAV 14/05

Votuporanguense venceu segunda partida fora de casa

O jogo da Votuporanguense contra o Prudente na sexta à noite senão alterou a audiência do último capítulo de “Viver a Vida”, ao menos bombou a programação da rede Vida. No blog da emissora, que costuma receber uma média de 15 comentários por transmissão, foram registrados sessenta e cinco manifestações de telespectadores. Ao contrário do final previsível da novela de Manoel Carlos, o enredo da terceira vitória da Alvinegra - que garantiu a liderança do grupo com três pontos a frente do segundo colocado, foi bem mais interessante.

O Prudente, surpreendido logo no primeiro minuto do jogo com chute de Mineiro na trave, passou longe do ofensivo 4-3-3 prometido na escalação fornecida à imprensa. Diante de um visitante que procurava tomar as iniciativas do jogo, os donos da casa responderam com faltas violentas e muito jogo aéreo. Mas só aos 15 min, depois de quatro escanteios, conseguiram levar algum perigo no cabeceio do meia Wandercy. A partir daí o posicionamento da defesa do Prudente passou a ocupar melhor os espaços e o CAV com dificuldades em sair para o ataque – a marcação tinha sempre um na sobra- rifou bolas e errou passes. O Prudente quase abriu o placar com Paulo Vitor batendo falta da intermediária, mas parou na falta de pontaria e impedimentos dos atacantes. Até o final do primeiro tempo o CAV, senão jogou bem, pelo menos soube esperar o tempo passar.

Na volta do intervalo, após erros bobos em cobranças de falta e lateral dos dois lados, a Votuporanguense chegou ao gol aos 8 min com pivô de Vinícius, que atrasou a bola com o peito para Gleydison lançar Washington que, da intermediária, acertou um belo chute sem chances para o goleiro. Pressionado, o Prudente saiu para o ataque de qualquer maneira e tomou o segundo aos 25 min depois que Wagner, no segundo pau, cabeceou falta batida na medida por Mineiro. Com o resultado nas mãos o CAV se defendia bem e mantinha a posse de bola no ataque. No entanto, o jogo que parecia resolvido, complicou-se depois que Luciano Gusso fez três alterações de uma vez só. Enquanto Lico (que entrou no lugar de Vinícius), Daniel (que entrou no lugar de Washington) e Tom (que entrou no lugar de Mineiro) ainda procuravam suas posições no campo, o Prudente diminuiu com Paulo Vitor de cabeça. E claro, veio com tudo pra conseguir o empate. Mas na base do desespero, bolas mal alçadas na área e atacantes impedidos, não conseguiram.

Sobre as três substituições seguidas, Gusso reconheceu que não surtiram o efeito desejado. “Os atletas estavam muitos cansados, um deles até pediu pra sair. Como precisava ficar com a bola um pouco mais na frente, coloquei o Lico pra prender ela ali. O problema é que tomamos o gol logo na sequência e aí ficou difícil. O jogo ficou muito aberto, mas mesmo assim conseguimos uma vitória importante.”, justificou. Gusso também elogiou os reservas que substituíram Dudu, Rafael Vaz e Tiago Henrique, contundidos. “ O rendimento foi dentro esperado, foram peças importantíssimas nessa vitória e mostraram que a qualquer momento podem suprir a falta de um ou outro jogador e até conquistar a titularidade. O importante é que estamos com um grupo bom.”, disse.

Amargando a última colocação do grupo com apenas um ponto ganho Mauro Ramos, técnico do Prudente, ainda acredita numa reviravolta da equipe no campeonato. “O time é muito jovem, este é o primeiro contrato de muitos jogadores. Mas estamos correndo atrás de reforços e esta semana a diretoria deve anunciar alguma coisa. Precisamos reforçar o time.”, declarou. Washington, em noite inspirada, creditou o belo gol a sequência de trabalho com o grupo. “Não é de graça que as coisas acontecem, é através de muito trabalho. O jogo foi mais difícil do que esperávamos e depois que abri o placar o Wagner ampliou e conseguimos sair com um bom resultado”, comemorou.

Ficha Técnica

CAV: Diego, Igor, Wagner, Mandágua e Tiaguinho. Gleidson, Mineiro (Tom), Léo e Washington (Lico); Vinícius (Daniel) e Luizão
Técnico:Luciano Gusso

PPFC : Rafael Fernandes, Léo, Paulo Vitor, Viera e Cícero; Renatinho, Rafael Alan e Tiago Mineiro (Joninhas); Moraes, Wandercy e Murilo (Ailtinho)
Técnico: Mauro Ramos de Oliveira Jr.

Árbitro: Tiago Silva Egídio; Auxiliares: Alessandro Pitol Arantes, Fábio Rogério Baestero e Leônidas Ferreira

Cartões: Wallace*, Luan (PPFC) e Wagner e Daniel (CAV)
Pagantes: 81

Ocorrências: AOS 73 MINUTOS, O PREPARADOR FISICO DA EQUIPE DO PRESIDENTE PRUDENTE F.C., SR. ARTHUR VINICIUS MARCELO, DIRIGIU-SE A ELE, DIZENDO AS SEGUINTES PALAVRAS: VOCE VIU BANDEIRA, FOI FALTA, LEVANTA ESSA PORRA DESSA BANDEIRA CARALHO, É SEMPRE ASSIM, TODA VEZ VEM ESSE POVO ROUBAR NOS AQUI EM CASA, APOS O OCORRIDO FOI EXPULSO DO BANCO DE RESERVAS.

Líder


Raça. Madágua lutou os 90 minutos.

CAV 4 x 1 TFC 09/05

Com um jogador a menos Tupã valorizou a vitória Alvinegra

A segunda vitória consecutiva do Clube Atlético Votuporanguense garantiu a Alvinegra seis pontos e a liderança isolada no grupo 1 da Segundona. Apesar do placar folgado de 4 a 1, o torcedor, que compareceu em bom número ao Plínio Marin, sabe que o jogo não foi fácil. Enquanto esteve próximo do empate, ou seja até os 25 min do segundo tempo, o Tupã, bem organizado em campo, não se intimidou com a torcida e procurou a todo momento equilibrar as ações do jogo. E quase conseguiu.

Perdendo de um a zero e com um jogador a menos - Tiago Henrique fez de cabeça aos 18 min e o zagueiro Adinam, que deu pontapé em Washington, foi expulso aos 38 min – os visitantes, determinados a voltar com um ponto para casa, tentaram se impor na base do vigor físico e estatura dos seus jogadores. Até o segundo gol da Alvinegra aos 45 min. do primeiro tempo, o Tupã tinha maior posse de bola e levava perigo no jogo aéreo e chutes cruzados. Preso na forte marcação adversária, o CAV por pouco não sofreu o empate. Não fosse o gol de Washington, que contou com a ajuda do goleiro Luís Paulo, a Votuporanguense talvez não saísse com a vitória.

Em jogo disputado e até violento, a arbitragem se confundiu várias vezes com a inversão e não marcação de faltas, e se complicou. Faltou pulso ao árbitro Amur Castanhera Gomes para interromper a partida quando Rafael Vaz ficou caído na área. No lance o Tupã esqueceu o Fair Play e atacou o CAV por duas vezes. A falta de espírito esportivo dos visitantes voltou a se repetir no segundo tempo quando o jogo continuou com o centro avante Tiago Henrique caído na intermediária. Amur nada fez.

No segundo tempo, o time comandado pelo técnico Sérgio Perini continuou se defendendo bem e, depois de diminuir com gol de falta (re)batida por Pimenta, pressionou o onze local nos contra ataques. Sem o zagueiro Rafael Vaz, que saiu com suspeita de fratura no tornozelo esquerdo, Luciano Gusso improvisou Mandágua na posição e procurou melhorar a saída de jogo com o ala esquerdo Tiaguinho. Mas a Votuporanguense só controlou as ações do jogo depois que redobrou a marcação no ataque com a entrada de Daniel e Luizão. Com a bola dominada, a Alvinegra aproveitou a vantagem do jogador a mais e os gols, de Vinícius, aos 25 min e Luizão aos 28 min, deram a tranqüilidade necessária para o time acertar o posicionamento e administrar o resultado até o final.

Para Gusso o fato de somar três pontos no campeonato justifica a trama de qualquer jogo. “O importante foi a vitória, independente de como ela foi construída. Agora esperamos manter a regularidade nos demais jogos”, disse o treinador.

O próximo compromisso do CAV será sexta feira (dia 14) contra o Presidente Prudente às oitos horas no Prudentão.

Ficha técnica

CAV: Diego, Igor, Wagner e Rafael Vaz (Tiaguinho); Gleidson, Mandágua, Dudu e Wahington (Daniel); Vinícius, Léo e Tiago Henrique (Luizão)
Técnico: Luciano Gusso

TFC: Luís Paulo, Boto, Stevys, Adinam e Carlos Vinícius; Helton, Anderson, Jackson e Souzinha, Pimenta e Thauan.
Técnico: Sérgio Perini

Árbitro: Amur Castanhera Gomes; Auxiliares: Antonio Prazeres de Barros e Marcelo Valdecino Rodrigues; Quarto árbitro: João Domingos Alves dos Santos
Cartões :Rafael, Souzinha e Adinam*(TFC); Tiago Henrique, Washington, Wagner, Gleidson e Léo (CAV)

Pagantes: 1314

Relatório do assistente: AoS 84MIN DA PARTIDA FOI ARREMESSADO AO CAMPO DE JOGO PRÓXIMO AO QUARTO ÁRBITRO UMA GARRAFA PLASTICA COM AGUA. A MESMA FOI ARREMESSADA DE ONDE ESTAVAM PRESENTES TORCEDORES DA EQUIPE VOTUPORANGUENSE. O TORCEDOR FOI IDENTIFICADO PELO POLICIAMENTO LOCAL, COMO SENDO O SR CLAUDINEI BRAGA.

Bom começo


Ao ataque. Vinícius dispara pela direita.

Votuporanguense goleou Ilha Solteira na estréia

AEIS 1 x 4 CAV 05/05

Após confusão criada pela Federação Paulista de Futebol, que vetou o estádio Frei Arnaldo Castilho às vésperas do jogo de estréia em Ilha Solteira, o Votuporanguense, mesmo em Fernandópolis, sentiu-se em casa e passou fácil pelo adversário.

Até a bola parar no pé dos jogadores do CAV, os primeiros quinze minutos foram de muito nervosismo das duas equipes que abusaram dos chutões para qualquer lado. Daí em diante, a torcida de Votuporanga que compareceu ao estádio Cláuido Rodante assistiu a uma partida onde só a Alvinegra jogou. Antes do primeiro gol do lateral esquerdo Mandágua aos 35 min, o Votuporanguense criou pelo menos oito oportunidades de gol. Irritado com o rendimento dos seus jogadores, Solito, técnico do Ilha Solteira, pressentindo a goleada, gesticulava desesperadamente com seus jogadores e era vaiado pela torcida.

No segundo tempo, o CAV manteve a marcação na saída de bola do adversário e não teve dificuldades para ampliar o placar. Logo aos 7 min. Washington foi até a linha de fundo e cruzou na medida para Vinícius, de cabeça, aumentar a contagem. Com a porteira aberta, o terceiro gol saiu aos 14 min. depois de cruzamento de Igor para Mandágua. Depois do vacilo do zagueiro central Wagner, que recuou bola na fogueira para o goleiro Diego e permitiu o gol de honra dos mandantes, Washington aproveitou cruzamento de Igor e fechou o placar.

O destaque positivo da primeira vitória alvinegra no campeonato ficou para a estréia do quarto zagueiro Rafael Vaz. Bem posicionado e ligado no jogo, além de passar segurança aos companheiros, mostrou ter boa visão e saída para o jogo. O negativo para a arbitragem que inverteu a marcação de faltas para os dois lados.

O técnico Solito, poupou os jogadores do Ilha das críticas e justificou o mau resultado a não liberação da documentação de quatro titulares pela FPF. Já Luciano Gusso, mesmo com a atuação quase impecável da sua dupla de zaga, disse aguardar reforços para o setor. O diretor de futebol Alexander Taboada, animado com a boa estréia, convocou a torcida para o próximo jogo. "O campeonato mal começou e já vamos disputar um jogo de seis pontos", explicou. O CAV enfrentará o Tupã, que fez sua lição de casa e venceu a Santacruzense por dois a zero, no próximo domingo às 10 horas no Plínio Marin.

Ficha Técnica

CAV: Diego, Igor, Wagner, Rafael Vaz e Mandágua; Gleidson, Dudu, Léo (Mineiro) e Washington; Vinícius e Tiago Henrique (Daniel)
Técnico Luciano Gusso.

AEIS: Ricardo, Rodrigo, Rafael, Arilson e Oliveira; Tiago Pereira, Vanderlei (Guilherme) e Ledson; Rafael Cavenaghi, Tiago Quevedo e Willian (Abelar)
Técnico Solito

Árbitro: Alex de Jesus; Auxiliares: Luciano Pereira de Souza e Ricardo Luís Bortoluzo
Cartões: Rafael e Juninho*(AEIS); Wagner, Léo, Tiaguinho, Diego e Washinton (CAV)

Pagantes: 180

A emoção voltou!


Prazer em conhecer. Nova alvinegra em sua primeira apresentação para a torcida

CAV 2 x 1 SEM

Votuporanguense vence amistoso de virada

O sorriso estava estampado no rosto de todos. Desde o pedreiro até o médico, as 2500 pessoas que foram assistir ao primeiro jogo do Clube Atlético Votuporanguense, CAV, saíram do Plínio Marin satisfeitas por vários motivos. A volta do futebol se deu pelas mãos do prefeito Júnior Marão (que viu o jogo com a família do alambrado); o prazer de assistir novamente o futebol da arquibancada (mesmo com sol forte do meio dia); mas principalmente porque o novo time, que resgatou a tradição das cores alvinegras, jogou bem e ganhou de virada.

Depois de um início de jogo com chutões dos dois lados, a boa movimentação dos meias Léo, Vinícius e Washington, senão envolvia a defesa adversária, pelo menos mantinha o CAV com a bola no ataque. No entanto o meio congestionado pelos volantes pedia a saída do jogo pelos lados do campo. Explorando a velocidade dos laterais Igor e Tiaguinho, a Votuporanguense até que tentou passar pela defesa adversária. Algumas situações de gol, principalmente pela direita, foram criadas, mas depois de chutes da entrada da área, cruzamentos e escanteios não aproveitados, quem marcou primeiro foi a Matonense. Aos 41 min, Dodô bateu falta da esquerda e o centro avante Tiago Henrique, de cabeça, marcou contra. Na sequência, a Alvinegra ainda tentou dar o troco com chute cruzado de Dudu, mas os visitantes mantiveram a vantagem.

Na segunda etapa, a entrada de Daniel no lugar de Washington deu mais agressividade ao Votuporanguense na passagem do meio para o ataque. Com dribles curtos e passes verticais, o meia atacante abriu espaços na defesa da Matonense, e aos 10 min, depois de duas tentativas – com Tiaguinho e Daniel – o CAV chegou ao gol . O lateral Igor, em boa jogada pela direita, cruzou na medida para Vinícius, de cabeça, empatar a partida. Pressionada em seu campo de defesa, a Matonense tentava sair para o ataque, mas acabava presa na forte marcação alvinegra. Animado pela batucada da TURA (torcida uniformizada raça alvinegra que promete acompanhar o time onde ele estiver) o Votuporanguense chegou ao segundo gol, aos 27 min., depois de passe de Igor em profundidade para Gleidson. O volante ia cruzar, mas a bola fez curva e entrou no ângulo oposto de Alissom. Golaço! A partir daí, o sol à pino provocou um festival de substituições e a Matonense, por meio de ligações diretas, ainda tentou o gol. Mas sem sucesso.

“A vitória mostrou aos jogadores que eles tem que acreditar até o final. Apesar de não valer três pontos, ela foi muito importante, já que se tratava do jogo que marcou o retorno do futebol à Votuporanga. Ela foi suada e merecida”, avaliou o técnico Luciano Busso. Apesar do bom resultado, o treinador admitiu que o time está em formação e ainda precisa de reforços. “Nos próximos dias serão apresentados novos jogadores”, garantiu.

Também preocupado com o campeonato, o técnico visitante, Deto Pereira, que considerou o CAV como um dos bicho papões” do campeonato, aguarda reforços. “A Matonense esteve na primeira divisão, tem uma torcida fanática que comparece ao estádio. Com a chegada de reforços através da parceria com o Pão de Açúcar e o empresário-jogador Marcos Assunção formaremos um elenco forte para subir de novo.”, prometeu.

Ficha Técnica

Equipes
CAV: Diego, Igor(Juninho),Vagner,Mandágua e Tiaguinho; Gleidison, Dudu(Lico),Léo (Elsinho) Washington (Daniel); Vinícius e Tiago Henrique (Luizão)
Técnico: Luciano Gusso

SEM: Alisson, Itaqui (Lucas Guita), Lucas Henrique (Tainan), Pedrão e Denner; Robson (Tiago), Alex Quet e Tiago Matão; Genilson, Dodo (Tiago Brito) e Marquinhos Bauru (Renam)
Técnico: Deto Pereira

Arbitro: Marcos Antonio Neca; Auxiliares: Carlos Roberto Romero e Valdir José Teixeira.
Cartões Amarelos: CAV: Daniel, Luizão. SEM : Marquinhos Bauru, Lucas Henrique e Pedrão.
Público: 2500 pessoas